Minuto da Filosofia

Agenor Henrique de Souza

Você está na Edição 26 do Minuto da Semana

Minuto da Semana

(O Grito de Alerta contra o Totalitarismo Silencioso)

Olá pessoal, no "Minuto da Filosofia" desta semana, vamos explorar os ensinamentos por trás da fábula húngara "A Rã Sendo Cozida Viva". Esta parábola clássica nos confronta com uma verdade sombria sobre como perigos sorrateiros podem se instalar gradualmente, sem que percebamos.

Vamos lá! Prontos para mergulhar na leitura? 📚

Vivemos tempos turbulentos para a democracia brasileira. Vozes corajosas têm se levantado para defender a liberdade de expressão e denunciar os avanços autoritários que minam a nossa democracia. Como bem lembrado por grandes filósofos ao longo da história, como Hannah Arendt, John Stuart Mill, dentre outros, tais ameaças se instauram aos poucos, normalizando a supressão de direitos fundamentais de forma gradual e insidiosa.

Na antiga fábula húngara intitulada "A Rã Sendo Cozida Viva", uma poderosa metáfora da complacência é tecida. A narrativa conta a história de uma rã que inadvertidamente cai em uma panela com água fervente. Inicialmente, ao sentir o perigo iminente, a rã tenta desesperadamente saltar para fora, mas é persuadida por um sábio a permanecer, pois ele afirma que a água naturalmente esfriará. Confiantemente, a rã acata o conselho do sábio, sem saber que este tinha outros planos.

O sábio, de forma dissimulada, reacende o fogo sob a panela, aumentando gradualmente a temperatura da água. Esse aumento é tão sutil que a rã não percebe o perigo iminente. Ela se tranquiliza na falsa sensação de segurança, enquanto a água ao seu redor se torna cada vez mais letal. Somente quando é tarde demais, quando já está prestes a morrer, é que a rã finalmente se dá conta da terrível situação em que se encontra.

Essa parábola serve de alerta contra os perigos da complacência diante de ameaças que se avolumam sorrateiramente. É exatamente assim que movimentos totalitários avançam, normalizando restrições às liberdades civis uma a uma, testando os limites da sociedade até que esta acorde sufocada por um regime opressor, sem ter mais nenhuma força ou condição para lutar por sua liberdade, enfim, por seus direitos.

No Brasil, observamos com crescente apreensão os sucessivos ataques às nossas garantias democráticas. A perseguição a opositores, o desrespeito ao Estado de Direito, o cerceamento da liberdade de expressão e da imprensa livre, a concentração de poderes e o menosprezo à nossa Constituição representam uma escalada antidemocrática perigosíssima.

Felizmente, vozes destemidas se levantam contra esse ímpeto autoritário, como já mencionei em meu artigo da semana passada. Provenientes de diversos setores, essas vozes são a luz no fim do túnel e têm sido fundamentais para resistir ao avanço desse totalitarismo silencioso que ameaça nos "cozinhar vivos", como lembra a história da rã.

É nosso dever permanecer vigilantes e combater energicamente e dentro da lei, cada pequeno retrocesso em termos de direitos e garantias fundamentais. Não podemos nos acostumar à água se aquecendo aos poucos, pois quando percebermos, poderá ser tarde demais. Apenas preservando intactas nossas liberdades civis e a independência dos poderes lograremos impedir que o Brasil sucumba ao totalitarismo.

A mobilização contra essa investida autoritária é crucial neste momento decisivo. Às vozes que defendem nossa democracia devemos somar nossas veementes manifestações de repúdio a quaisquer tentativas de nos "cozinhar" lentamente. O futuro da liberdade em nossa nação depende de não deixarmos a "rã cozinhar". Depende de cada um de nós.

Minuto da Reflexão 🤔

Este texto é um alerta importante contra o avanço do autoritarismo no Brasil. Ele lembra que regimes totalitários raramente chegam de uma vez só, mas aos poucos, tirando liberdades civis devagar. É como a história da rã cozida viva - se a temperatura da água aumenta muito lentamente, a rã não percebe o perigo até ser tarde demais. O artigo diz que não podemos ficar acostumados enquanto nossos direitos são retirados aos poucos. Precisamos protestar contra cada pequeno ataque às nossas liberdades democráticas. Só mantendo a resistência viva e exigindo liberdade total de expressão e respeito às leis, conseguiremos impedir que o Brasil caia em um regime opressor. Esta é uma batalha importante para proteger os valores democráticos que foi tão difícil conquistar. Não podemos deixar que nos "cozinhem" lentamente, tirando nossas liberdades sem perceber. Precisamos ficar alertas e lutar por nossa democracia. Espero que tenham gostado, deixem nos comentários a sua opinião, isso nos incentiva a criar cada vez mais conteúdos esclarecedores pra vocês. Obrigado e até semana que vem. Fiquem com Deus.🙏

A eterna vigília é o preço da liberdade!

Texto publicado em: 27 Abr 2024.

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